Xi Jinping: “alguns não acreditam no marxismo-leninismo”
Devemos admitir que a maior parte dos nossos quadros são firmes em seus ideais e convicções e são politicamente confiáveis. Entretanto, existem alguns quadros do Partido que falharam em preencher esses requisitos. Alguns são céticos em relação ao comunismo, considerando-o uma fantasia que nunca se transformará em realidade; alguns não acreditam no marxismo-leninismo, mas em almas de morto e santos do céu, procurando consolo espiritual em superstições feudais e demonstrando grande interesse na feitiçaria, adoração ao buda para obter ‘conselhos de divindades’ na solução de seus problemas; alguns têm um fraco juízo sobre o certo e o errado e não têm princípios, exercendo suas funções com a cabeça confusa; alguns chegam mesmo a se sentirem atraídos por sistemas e valores do Ocidente, perdendo confiança no futuro do socialismo; e alguns adotam uma atitude ambígua, passiva e confusa diante das provocações políticas contra a liderança do Partido e contra o caminho do socialismo com características chinesas, bem como outras questões de princípio. Estes quadros, com postura passiva, procuram evitar discussões relevantes, pois não têm coragem de expressar suas opiniões, chegando mesmo a ser manhosos. Não é um grande absurdo quadros do Partido, especialmente aqueles de alto escalão, ficarem indiferentes e não tomarem uma posição clara em relação às questões de princípios, incidentes políticos e questões delicadas?

Por que o formalismo, o burocratismo, o hedonismo e a extravagância prevalecem hoje em dia? Por que há quadros que se tornaram corruptos, cometendo crimes? Afinal de contas, é porque eles não são firmes nos seus ideais e nas suas convicções. Eu tenho dito frequentemente que os ideais e as convicções são o ‘cálcio’ dos comunistas. Com firmes ideais e convicções teremos ‘ossos fortes’; sem ideais e convicções ou com ideais e convicções não firmes teremos problema de ‘falta de cálcio’ e poderemos padecer da ‘osteomalacia’.

Os fatos comprovaram mais de uma vez que o momento mais perigoso para uma pessoa é quando ela vacila nos ideais e convicções. Sempre penso se nossos quadros poderão agir de forma resoluta para salvaguardar a liderança do Partido e o sistema socialista, caso ocorra uma situação complexa como, por exemplo, uma ‘revolução colorida’? Eu acredito que a maioria dos nossos militantes e quadros serão capazes de agir dessa maneira.

Durante a guerra revolucionária, a forma de julgar se um quadro estava firme ou não em seus ideais e convicções era ver se ele podia ou não arriscar a sua vida pela causa do Partido e do povo e se ele podia ou não se lançar à batalha logo que o clarim tocasse. Essa é a prova mais direta. Ainda existem testes de vida ou morte no período atual de paz e desenvolvimento, mas em um número muito menor do que antes. Como resultado, é realmente difícil verificar se um quadro está firme ou não em seus ideais e convicções. Nem mesmo os raios X, os exames de tomografia computadorizada ou as imagens de ressonância magnética são suficientes para tal.

Apesar disso, existem meios para isso, quer dizer, ver se eles tem ou não a determinação política face aos grandes desafios políticos, se eles têm em mente o propósito fundamental do Partido, se cumprem com os seus deveres de uma forma extremamente responsável, se são os primeiros a suportar as dificuldades e os últimos a desfrutar das comodidades; se podem arcar com as responsabilidades de forma corajosa face às urgências, dificuldades e perigos, e se podem resistir às tentações do poder, do dinheiro e dos prazeres. Tais testes não podem ser realizados da noite para o dia, em umas poucas tarefas ou com algumas promessas. Trata-se de um teste a ser feito por longo tempo ou por toda a vida sobre seu desempenho.

Xi Jinping em “Formar e selecionar bons quadros”, que está no livro “A Governança da China”, volume I.

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